Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião nascido em 1898 em Serra Talhada-PE era também conhecido como “Rei do Cangaço”. Tem como uma das inúmeras justificativas para o seu nome, “Lampião”, por ele ter modificado um fuzil, possibilitando-o a atirar mais rápido, sendo que sua luz lhe dava a aparência de um lampião. Muitas lendas se formaram em torno de seu nome mas até hoje ninguém sabe ao certo o que ele representava se um justiceiro ou um bandido. O que posso contar é que por muitas noites eu e meus irmãos dormíamos no meio do mato, escondidos, com medo de Lampião. E das muitas histórias que se espalharam, não vivenciei nenhuma, só conheci o medo que atormentava todo o Sertão.
LAMPIÃO
O carrasco universal
Foi capanga bonzão
Correu todo sertão
Amansou cavalo doido
Andou em cima do lodo
Atravessou lagoas cheias
O sangue correndo nas veias
Atendeu os que viviam a procurar
Não deixando ninguém falar
O cangaceiro Lampião
Deixou muitos sem lhe conhecer
Levou má fama sem querer
Dizia: vou fazer o que quiser
Andando na marcha ré
Procurava vida sadia
Não cantava durante o dia
A noite sem fazer nada
Entrava na madrugada
Esperando o dia nascer
ADMIRAÇÃO E MEDO
O Menino admirou-se
Quando olhou prá ele
Pegou o casaco dele
E foi logo estranhando
Chamou seu pai em um canto
Disse a ele o acontecido
Todos dançavam o baião
E quem era que não corria
Com medo de Lampião
Pareço com Lampião
Em sua determinação
Mas sou chefe da poesia
Carrego o chapéu na mão
Sou o bonzão do Sertão
Me glorio com tudo isso
Moro em qualquer cortiço
Não lamento situação
Na curiosidade um furão
Não deixo você sem alegria
Mas quem era que não corria
Com medo de Lampião
Ele era um traiçoeiro
Vivia sempre escondido
Todo tempo iludido
No meio da cabroeira
Cantava Mulher Rendeira
Nos matos era campeão
Tomou conta do Sertão
E tomou decisão
Mas quem era que não corria
Com medo de Lampião
Eu também já fui guerreiro
Deixei muita gente chorando
Muitos deles lamentando
Mas a mim sempre amando
Mas nada na vida fica prá traz
Peço a Deus muita Paz
Não fico na mordomia
A mãe de Deus é minha guia
Mas quem era que não corria
Com medo de Lampião
Quando olhou prá ele
Pegou o casaco dele
E foi logo estranhando
Chamou seu pai em um canto
Disse a ele o acontecido
Todos dançavam o baião
E quem era que não corria
Com medo de Lampião
Pareço com Lampião
Em sua determinação
Mas sou chefe da poesia
Carrego o chapéu na mão
Sou o bonzão do Sertão
Me glorio com tudo isso
Moro em qualquer cortiço
Não lamento situação
Na curiosidade um furão
Não deixo você sem alegria
Mas quem era que não corria
Com medo de Lampião
Ele era um traiçoeiro
Vivia sempre escondido
Todo tempo iludido
No meio da cabroeira
Cantava Mulher Rendeira
Nos matos era campeão
Tomou conta do Sertão
E tomou decisão
Mas quem era que não corria
Com medo de Lampião
Eu também já fui guerreiro
Deixei muita gente chorando
Muitos deles lamentando
Mas a mim sempre amando
Mas nada na vida fica prá traz
Peço a Deus muita Paz
Não fico na mordomia
A mãe de Deus é minha guia
Mas quem era que não corria
Com medo de Lampião
SILÊNCIO NO CANGAÇO
O Sertão virou mata
A mata virou Sertão
O homem virou barão
Tudo ficou transformado
Deixou roupa engomada
Levou o resto e foi embora
Prá ele chegou a hora
Estava tudo resolvido
Não seria mais ouvido
Esperava o romper da aurora
Morreu o último cangaceiro de Lampião
Com 94 de idade
Em Minas fez sua morada
Sempre se saiu bem
Vivia sempre calado
Escondeu-se no serrado
Pois era muito abusado
Deixou o duvidoso pelo certo
Foi ver a última morada de perto
Se bandido ou justiceiro
Partiu o derradeiro
Deu o adeus ao sertão
Formou o grupo de Lampião
Por este sertão arisco
Do Sergipe margeou o São Francisco
E saindo de Minas Gerais
Viveu no Sertão sem Paz
Só Deus sabia e ninguém mais
Foi dura a vida do cangaço
Disse ele antes de morrer
Falou prá todos saber
Contou a história que quis
Disse ser bem feliz
Criou os filhos sem mania
Foi a grande ironia
Ficando todos conformados
Morreu sem deixar cuidados
A mata virou Sertão
O homem virou barão
Tudo ficou transformado
Deixou roupa engomada
Levou o resto e foi embora
Prá ele chegou a hora
Estava tudo resolvido
Não seria mais ouvido
Esperava o romper da aurora
Morreu o último cangaceiro de Lampião
Com 94 de idade
Em Minas fez sua morada
Sempre se saiu bem
Vivia sempre calado
Escondeu-se no serrado
Pois era muito abusado
Deixou o duvidoso pelo certo
Foi ver a última morada de perto
Se bandido ou justiceiro
Partiu o derradeiro
Deu o adeus ao sertão
Formou o grupo de Lampião
Por este sertão arisco
Do Sergipe margeou o São Francisco
E saindo de Minas Gerais
Viveu no Sertão sem Paz
Só Deus sabia e ninguém mais
Foi dura a vida do cangaço
Disse ele antes de morrer
Falou prá todos saber
Contou a história que quis
Disse ser bem feliz
Criou os filhos sem mania
Foi a grande ironia
Ficando todos conformados
Morreu sem deixar cuidados
ADmiração e MEdo, me chamou atenção pela sua retratação do que lampiao passava para as pessoas da epoca,parabéns pelo seu trabalho uma melodia de violão e viola cairia muito bem com ela.
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