domingo, 23 de maio de 2010

Lenira - 1981

















No ano que fiz 60 anos não parava de fazer versinhos e foi prá LENIRA, mãe de meus filhos, estes que vou postar agora. Um foi quando ela pegou na minha mão para cortarmos o bolo e o outro foi quando me veio à lembrança de quando ela fez uma cirurgia do coração em 1962(momentos sofridos).

Veja como ela pega
No braço do seu amado
Gosto muito dos meninos
Gosto mais da minha amada

Rica é de mansidão
De beleza e gratidão
De amor e de visão
De tudo aquilo que preso
Deus lhe dê a vida longa
Para isto é que eu rezo

Sobre o dia da operação no coração de Lenira - Hospital Pedro II - 1962











Quando fechei os olhos
Não foi falta de visão
Pedia a Deus o sucesso
Pela sua operação
Quando tu ia chegando
Tua fé vinha vagando
Talvez triste lamentando
Pensando naquele dia
Mas o pensamento ruim
Era tudo fantasia

Tudo terminou bem no fim









Era 1982 LENIRA
Um dia peguei a rosa
Comecei a cheirar ela
A rosa era pequena
Cheirou a flor de canela
De azul ou roupa branca
Não adianta carranca
Feche a porta bote tranca
E se abra só prá mim
Seja sempre assim
Pode cheirar igual a rosa
Ou simplesmente jasmim








LENIRA
Meu nome é Sabiá
Carrego tudo no bico
Eu sou como maçarico
Queimo tudo que aparece
Prá você sou meio travesso

Não sou de nível superior
Mas trabalho como doutor
Não nego minha profissão
Canto como um Gavião
Desde a hora de acordar

Nasci no pé da Serra
Perto de um cajueiro
Assim me criei guerreiro
Dou conselho a quem quiser

Me casei com uma mulher
Um Amor de formosura
Nunca despertou minha ira
Seu nome era Lenira

Filha de um Fazendeiro
Mas sem precisar de dinheiro
É como a gente sempre diz
Passei a vida Feliz.

Sou borboleta voadora
Só pouso na flor que cheira
Comigo não tem barreira
Sou amigo de Deus e do mundo
Primo de Edmundo
Matuto bom e bondoso
Que zela pelo seu povo
Deixa tudo na bitola
Esperando chegar sua hora

Já trabalhei neste mundo
Prá poder me sustentar
Quem tem o seu próprio lar
Deve zelar por ele

O pássaro cantador é aquele
Que vem do mato sagrado
Seu cantar é abafado
Leva vida muito boa
Navegando lá na proa
PORÉM NAVEGA SÓ



Um comentário:

  1. Valéria Maria M Mantoan25 de agosto de 2010 às 10:26

    Doce Lenira! Doce tia Nira!!! Que palavras terei eu para falar desta pessoa, tão querida, tão amada? Com todo respeito á minha mãe, eu me senti orfã, quando ela se foi! Moro distante, em Campinas/SP e não pude ir á Recife, no dia de sua partida. Então guardei em meu coração aquela imagem dela no ano de 1983, quando veio para o meu casamento, ser a minha Madrinha. Alegre, feliz e corajosa! Disse-me muitas coisas, que guardo até hj com carinho, em meu coração! Tia Nira, não era apenas''Tia'' e sim, ''MÃE!'' Nos acolhia em seu seio maternal com muito Amor! Nos ensinou muitas coisas pelo seu exemplo de vida, de filha, de mulher, de mãe e de esposa!
    O que mais me marcou, era seu jeito de amar o próximo, de ser solícita e não deixar que aquele que perto dela estivesse, jamais perecesse!
    SAUDADES DE MINHA TIA...

    Beijos à todos

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