quinta-feira, 15 de julho de 2010

Os Amigos Veteranos








Alguns amigos Veteranos da 2ª Guerra se reúnem todo 1º Sábado do mês na Associação Nacional dos Veteranos da FEB – Seção Regional de Pernambuco, que fica em Olinda/PE, lá nós conversamos, jogamos dominó e almoçamos, voltando para nossas casas ao final da tarde. Posto fotos de um destes encontros e versos(10/06/2010) que fiz sobre os soldados que foram a Itália e lá ficaram.





Cada jóia um Soldado
Que perdia o Brasil
A Pátria que ia sem sorrir
Dormia para sempre em Pistoia
Fiz da neve uma tipóia
Cobria os nossos guerreiros
Que em sepulcro corveia
Nas terras frias da Itália
Lá em Pistoia descansam
Da tragédia na Europa

Foram 450 soldados
Que ficaram em Pistoia
No cemitério trancados
No canto da tua Glória
No momento da nossa Vitória
8 de Maio sagrado
De 1945
Fiz de mim um trinco
Da Guerra para a história

Ah! Se eu pudesse voltar
Toda história da era
Eu ficava sem a Guerra
Não perdia nada por isso
É por isto que eu capricho

Muitas vezes me obrigava
Pensava não mais voltar
A vida passar sem brigar
É sempre espetacular

A guerra não é flor que se cheire
Quem quiser saber que vá lá
Eu sofri prá me acabar
Só pensava em voltar

Quando a Guerra foi embora
Deixou somente a Glória
Eu com você a chorar
42 milhões ficaram lá
Debaixo do céu azul

Transcrevo do livreto em comemoração ao 32º Aniversário do Dia da Vitória:
“Os feitos da Força Expedicionária Brasileira, sob o vosso comando, durante a campanha do IV Corpo na Itália, terão um lugar proeminente, quando for escrita a história da Segunda Guerra Mundial” – Do General Willys D. Critenberger, Comandante do IV Corpo do Exército Americano, ao General João Baptista Mascarenhas de Moraes, Comandante de FEB –
“Conspira contra a sua própria grandeza o povo que não cultiva os seus feitos heróicos.”

CANÇÃO DO EXPEDICIONÁRIO
Letra de – Guilherme de Almeida
Música de – Spartaco Rossi

Você sabe de onde eu venho?
Venho do Morro do Engenho
Das selvas, dos cafezais
Da boa terra do côco
Da choupana onde um é pouco
Dois é bom, três é demais
Venho das praias sedosas
Das montanhas alterosas
Do pampa, do seringal
Das margens crespas dos rios
Dos verdes mares bravios
Da minha terra natal

Estribilho
Por mais terras que eu percorra
Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte para lá
Esse “V” que simboliza
A Vitória que virá
Nossa Vitória afinal
Que é a mira do meu fuzil
A ração do meu bornal
A água do meu cantil
As asas do meu ideal
A glória do meu Brasil

Eu venho da minha terra
Da casa branca da serra
E do luar do meu sertão
Venho da minha Maria
Cujo nome principia
Na palma da minha mão
Braços mornos de Moema
Lábios de mel de Iracema
Estendidos para mim
O´ minha terra querida
Da Senhora Aparecida
E do Senhor do Bonfim

Você sabe de onde eu venho?
É de uma Pátria que eu tenho
No bojo de meu violão
Que de viver em meu peito
Foi até tomando jeito
De um enorme coração
Deixei lá atrás meu terreiro
Meu limão, meu limoeiro
Meu pé de jacarandá
Minha casa pequenina
Lá do alto da colina
Onde canta o sabiá

Venho além desse monte
Que ainda azula o horizonte
Onde o nosso amor nasceu
Do rancho que tinha ao lado
Um coqueiro que coitado
De saudade já morreu

Venho do verde mais belo
Do mais dourado amarelo
Do azul mais cheio de luz
Cheio de estrelas prateadas
Que se ajoelham deslumbradas
Fazendo sinal da cruz

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