quarta-feira, 28 de julho de 2010

EU – PEDRO – VOU – SOU e SEI


Eu Pedro Pacífico VOU onde todos estiverem, afinal SOU o Pedro, e SEI que prá muitos sou PÊPÊ.


VOU

Vou ficar no hora e veja
Vou levar o meu jibão
Carregar meu matulão
Enquanto a chuva não chegar
Se eu não tiver tanto medo
Do jeito que eu vou falar
Você vai me ajudar
Só se você não quiser
O mundo todo de pé
Prá ouvir o meu cantar

SOU

Sou melhor do que tu
Na cantoria eu lhe mato
Deixo você um farrapo
Com a trouxa toda fora
Prá mim vai ser uma glória
Você está no fracasso
Vou lhe sacodir este laço
Você pegue se quiser

Sou poeta desejado
Sempre andei sozinho
Morava lá no caminho
Lá perto eu sempre via
Os passarinhos que iam
Os macacos que assoviam
Outros com o mesmo drama
Era boa harmonia
Todos com alegria
Moravam no mesmo plano

Cada verso que faço
A noite fico pensando
O dia vai clareando
Deixando a madrugada fria
A tarde todos vigia
Enquanto o calor cresce
E outro dia amanhece
Com todos sempre feliz
A nossa memória quem diz

Sou um cara valente
Criado perto do morro
Da briga eu nunca corro
Não tenho medo de nada
Fui menino e fui amado
Na terra que fui nascido
Eu era muito querido
Do povo que me cercavam
Muitos deles me amavam
E ficaram tristes chorando

Fui cativo hoje liberto
Fui menino hoje sou homem
Hoje rico mas já passei fome
Fui pobre por natureza
Mas hoje tenho minha defesa
Posso bem viver em paz
Não ando com meus rivais
Mas posso lhe atrapalhar a vida
Só voto em Lula meu líder
No Brasil das maravilhas

Sou um homem pensador
Pensando não vou errar
Faço tudo prá não chorar
Se chorar é passageiro
O meu cavalo é meeiro
Faz tudo prá galopar
Vou ali e volto já
Na casa do fazendeiro
Vou levar meu candeeiro
Prá poder me clarear

Sou repentista sem defeito
Falo com Deus toda hora
Carrego comigo esta glória
Prá todo mundo escutar
Só vou prá lá se chamar
Eu posso até fazer
Escute o que vou lhe dizer
Não diga nada a ninguém
Amanhã dia que vem
Um segredo vou lhe contar


EU e o REPENTE

Essa viola dentro de mim
Prá onde vou levo ela
Enrolada na flanela
Prá meu repente fazer

Chorar prá todos vê
Sempre me dá meu viver
Mas com jeito vou levando
As vezes me perturbando
Na noite eu vou vivendo
Ao dia sobrevivendo
Mas o que eu posso fazer

Preparei uma nuvem prá chover
Deixando meu povo feliz
Perguntei a Deus se ele viu
O que fiz no meu passado
Só nunca fui rebelado

Não amo as coisas do mundo
As coisas que estão no fundo
São de mais valia prá mim
Fica mais fácil entender
Guardando todo bem querer
ACOSTUMADO

Fui acostumado a passar fome
E a viver com barriga cheia
Acostumado a ser pobre
Como viver na riqueza
Viver na violência e na Paz
Viver como matuto
E na grã - finagem civilizada
Com tudo fui me acostumando
E a vida fui levando
Sempre a dar risada

SEI QUEM VOCÊ É

Eu sei quem você é
A vida que você leva
Não vale a pena contar
Não deixa ninguém falar
Na rua dos desordeiros
Na casa só um candeeiro
Que só acende quando chega
Embora com tanto medo
Vou falar sozinho agora
Vou chegar não tenho hora
Prá você se amedrontar

COMO ESTAMOS

Janeiro de 2008
Estamos passando bem
Graças a Deus e o que nos convém
Falar sempre a verdade
Todos estão ao meu lado
Sei que não vou errar
Se eu posso perguntar
Se é que vou no caminho
Se chover vou na neblina
Esperando quem chegar

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Os Amigos Veteranos








Alguns amigos Veteranos da 2ª Guerra se reúnem todo 1º Sábado do mês na Associação Nacional dos Veteranos da FEB – Seção Regional de Pernambuco, que fica em Olinda/PE, lá nós conversamos, jogamos dominó e almoçamos, voltando para nossas casas ao final da tarde. Posto fotos de um destes encontros e versos(10/06/2010) que fiz sobre os soldados que foram a Itália e lá ficaram.





Cada jóia um Soldado
Que perdia o Brasil
A Pátria que ia sem sorrir
Dormia para sempre em Pistoia
Fiz da neve uma tipóia
Cobria os nossos guerreiros
Que em sepulcro corveia
Nas terras frias da Itália
Lá em Pistoia descansam
Da tragédia na Europa

Foram 450 soldados
Que ficaram em Pistoia
No cemitério trancados
No canto da tua Glória
No momento da nossa Vitória
8 de Maio sagrado
De 1945
Fiz de mim um trinco
Da Guerra para a história

Ah! Se eu pudesse voltar
Toda história da era
Eu ficava sem a Guerra
Não perdia nada por isso
É por isto que eu capricho

Muitas vezes me obrigava
Pensava não mais voltar
A vida passar sem brigar
É sempre espetacular

A guerra não é flor que se cheire
Quem quiser saber que vá lá
Eu sofri prá me acabar
Só pensava em voltar

Quando a Guerra foi embora
Deixou somente a Glória
Eu com você a chorar
42 milhões ficaram lá
Debaixo do céu azul

Transcrevo do livreto em comemoração ao 32º Aniversário do Dia da Vitória:
“Os feitos da Força Expedicionária Brasileira, sob o vosso comando, durante a campanha do IV Corpo na Itália, terão um lugar proeminente, quando for escrita a história da Segunda Guerra Mundial” – Do General Willys D. Critenberger, Comandante do IV Corpo do Exército Americano, ao General João Baptista Mascarenhas de Moraes, Comandante de FEB –
“Conspira contra a sua própria grandeza o povo que não cultiva os seus feitos heróicos.”

CANÇÃO DO EXPEDICIONÁRIO
Letra de – Guilherme de Almeida
Música de – Spartaco Rossi

Você sabe de onde eu venho?
Venho do Morro do Engenho
Das selvas, dos cafezais
Da boa terra do côco
Da choupana onde um é pouco
Dois é bom, três é demais
Venho das praias sedosas
Das montanhas alterosas
Do pampa, do seringal
Das margens crespas dos rios
Dos verdes mares bravios
Da minha terra natal

Estribilho
Por mais terras que eu percorra
Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte para lá
Esse “V” que simboliza
A Vitória que virá
Nossa Vitória afinal
Que é a mira do meu fuzil
A ração do meu bornal
A água do meu cantil
As asas do meu ideal
A glória do meu Brasil

Eu venho da minha terra
Da casa branca da serra
E do luar do meu sertão
Venho da minha Maria
Cujo nome principia
Na palma da minha mão
Braços mornos de Moema
Lábios de mel de Iracema
Estendidos para mim
O´ minha terra querida
Da Senhora Aparecida
E do Senhor do Bonfim

Você sabe de onde eu venho?
É de uma Pátria que eu tenho
No bojo de meu violão
Que de viver em meu peito
Foi até tomando jeito
De um enorme coração
Deixei lá atrás meu terreiro
Meu limão, meu limoeiro
Meu pé de jacarandá
Minha casa pequenina
Lá do alto da colina
Onde canta o sabiá

Venho além desse monte
Que ainda azula o horizonte
Onde o nosso amor nasceu
Do rancho que tinha ao lado
Um coqueiro que coitado
De saudade já morreu

Venho do verde mais belo
Do mais dourado amarelo
Do azul mais cheio de luz
Cheio de estrelas prateadas
Que se ajoelham deslumbradas
Fazendo sinal da cruz