quarta-feira, 9 de junho de 2010

Para Carlos, Valéria e Vânia




Quando estive em Sousas/São Paulo – Meus sobrinhos Carlos, Valéria e Vânia me receberam como a um Rei então, não precisa nem advinhar, fiz versos. Estas fotos foram de uma das vezes que eles estiveram aqui em Recife.

O meu repente causa riso
Pois faço com tanta alegria
Foi nas minhas poesias
Que encontrei solução
Escrevi o meu baião
Pensando em várias coisas boas

E quando passei lá em Souza
Foi um passeio que por amor eu fiz
Com todos sempre feliz
Era boa a harmonia
Todos com muita alegria
E é a minha memória quem diz

Para Benildo e Romildo






Para os sobrinhos Romildo Pacífico e Benildo Pacífico filhos de José e Nalvinha -Romildo publicou os livros: Do Alto Bonito e Pontos de Vida. Benildo advogado ilustre. São homens vitoriosos que enfrentaram todas adversidades do Sertão de Alagoas para se tornarem Homens de Bem e Pais de famílias lindas. Tiveram filhos criados com muito amor e devoção aos ensinamentos religiosos que eles receberam. Jovens corajosos que enfrentaram sol, chuvas,estradas e outras necessidades para estudarem, trabalharem, casarem com mulheres maravilhosas (Romildo com Salete e Benildo com Vilma) e darem a maior riqueza a seus filhos - O BOM EXEMPLO - .

Romildo

No Município de Santana
Nasceu alto e bonito
Era um homem de espírito
Três irmãos ele levava
Aquela carga pesava
Mas ele não lamentava

Nas noites de lua cheia
Aproveitava prá estudar
Romildo com sangue nas veias
Sangue de boi Zebu
Queria ser como tu
E as coisas melhorar


Benildo

Feliz tu Navinha
Mãe de homens fortes
Benildo de grande porte
Que veio também prá ficar
Missão também estudar

Em Santana do Ipanema
O rio não era problema
Quando iam atravessar
E Deus ia ajudar
Nesta grande travessia
Clareando todo o dia
Para homens se tornar

Foto da Igreja de Santana do Ipanema de Vicente A Queiroz do site “www.mundi.com.br/Turismo-Santana -do-Ipanema” - , foto da entrada de Santana de Nikael Nicolas do site “www.ferias.tur.br/fotos/163/santana-do-ipanema”

terça-feira, 8 de junho de 2010

Amigo Chico Nobre


Chico Nobre, Santanense foi meu grande amigo. Quando eu vim de Santana do Ipanema, após a Guerra este meu amigo, que já trabalhava aqui no Recife me acolheu, me arranjou emprego e me fez dar os primeiros passos na vida aqui no Recife. Casado com Onete e como não poderia deixar de ser formamos casais muito amigos. Moramos no mesmo bairro por muitos anos e mesmo quando mudou-se para outro bairro, constantemente me visitava para batermos aquele papo. As fotos postadas são do nosso tempo de solteiros: Chico, outro colega e eu nas praias do Recife.
DO AMIGO CHICO NOBRE
Tenho uma vida longa
Do ano 21 prá cá
Já estou com 85 que dá
Prá contar toda história
Uma parte só de glória
A outra só sabe quem viveu lá
Foi quando eu comecei
Na luta com Chico Nobre
Porém hoje ele não pode
Falar com tanta clareza
Pois mora lá no céu
Onde tudo é gentileza

Ai que saudade que tenho
Do meu amigo e companheiro
Chico Nobre meu meeiro
Das lutas que enfrentamos
Devagar nós sempre íamos
Como pracista enfrentar
A vida sem calcular
A distância e o plano
E o futuro a esperar
Não trazendo desengano

Amigo, uma oração vou te dar
E nada mais a esperar
Na vida vou suportar
Sem ter você prá combinar
A coisa que foi pior
Foi um dia ficar só
Mais deixo a vida de fora
Espero o romper da aurora
Prá com você conversar

Trabalhei com Chico Nobre
No comércio do arroz
Nunca esperava por ninguém
Fazia o que lhe convinha
Nunca ia sempre vinha
No vai e vem do que convém

Seu coração era duro como um pau
Mas nunca fez o mal
E um dia ao clarear
O passageiro e meeiro
Se foi prá fazer chorar
Partiu não levou candeeiro
Foi a galopar fazer o Céu clarear

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Meus Irmãos





Foram em número de seis os filhos homens de meu Pai. Todos homens de bem que criaram seus filhos tementes a Deus seguindo os ensinamentos dele. E o resultado se comprova pela continuação desta família tão bonita - OS PACÍFICOS descendentes de seu Pedrinho Das Lagoas.

E Eita bando de gente bonita vejam as fotos dos galãs: Eu - Jonas - João

OS FILHOS DE PEDRO PACÍFICO DOS SANTOS

Na cidade éramos bondosos
No mato não fomos traiçoeiros
Em casa não fomos bandoleiros
Na igreja rezamos oração
Era eu, Toinho e João
Se juntando a José, Jonas e Sebastião
Todos de um só lado
Sempre bons homens honrados
E foi todo nosso passado
Seguindo a mesma linhagem
Pacíficos em alta voltagem



SEBASTIÃO

Foi embora meu irmão
Nunca mais se pode ver
Foi no mês de Janeiro
Na data treze pelo dia
Ele só tinha uma mania
Ser o Rei do Salão
Com ele nada era vão
Mas partiu quem diria
Vou chorar sem alegria
No oitão do casarão

Irmão como nós passamos
Aqueles anos tristonhos
Da vida só os sonhos
Que viviam só no pensar
A vida querendo amar
Na poeira da verdade
Na grande sociedade
Não tinha acesso nenhum
Vivendo só de jejum
Que a vida nos permitia

JOSÉ, JONAS E JOÃO

Dos homens que vou falar
Pediram a Deus proteção
Carregaram no coração
O nome sagrado de Cristo
José, Jonas e João
Eram homens de visão
Cuidaram do batalhão
Que Deus lhe deu por missão
Na memória destes filhos ficarão
De quem nunca fez nada vão
Que do céu os protegerão

TOINHO E SEBASTIÃO

Sou cantador sem vaidade
Meu caminho está guardado
No coração arrumado
Nas lembranças do azulão
Me vem Toinho e Sebastião
Lembrando a cada momento
Meus irmãos ao vento
Levados sem argumentos
Pelo criador a cantar
Em um cavalo sem selar
E aqui nós a lembrar
Quando a saudade atacar

TOINHO E JOSÉ

No ano de trinta e sete
Com 16 anos de idade
Vou contar mais uma verdade
Acredite se quiser

Fui eu Toinho e José
Acompanhando meus pais
Se esconder no serrado
Com medo daquele diabo

Lampião era demais
Sentir medo era pior
Que dava na vida um nó

terça-feira, 1 de junho de 2010

PêPê










Na nossa família tem muito Pedro que nem meu Pai. É filho(eu), neto(Pedro de Toinho), bisneto(Pedro de Danyelle) e por ai vai. Os versinhos de Pedro de Danyelle são especiais depois vou postar. E para homenagear estes "Pedros" lá se vai mais um repente e minha foto com meus sobrinhos Paulo Pacífico e Pedro Neto filhos de Toinho e Maria.
PÊPÊ
No repente eu sou Pedro
Meu pai é Pedro também
Pedro Neto é Vieira
Barbosa é Pedro que tem
Digo porém e não canso
Tem Pedro que não alcanço
Tem um tal de Pedro Amancio
Cinco Pedro ninguém vê
Prá controlar tanto Pedro
Na rima eu sou PêPê



DO REPENTE





Sou repentista falado
Criado lá no sertão
Com a espingarda na mão

Eu sem ter raiva não brigo
Se falar de mim não ligo
No repente deixo todos na poeira

Só preciso aceso o candeeiro
E não me chame de meeiro
Faz-me lembrar do companheiro
Que disse: Passarinho que canta na gaiola
Não é canto é um grito de saudade

No repente eu sou claro
Você pode esfraquecer
Vou só chamar por você
Lhe deixar só no começo
Pois disso eu não esqueço
De chamar pelo seu nome
Pois nasci lá no João Gomes
Sou franco e sem maldade

Eu não me arrependo do que digo
Trago todos prá meu lado
Vou morar lá no Icó
Deixo você com saudade
Mas vou contar a verdade
Eu me acostumei a ser só